Abstinência 

O que fazer com esse buraco?
Ficou vazio...Um sentimento estranho
Nem quente e, nem frio.

Acostumamos com algumas situações vão preenchendo um espaço,
Como não serve pra nada, vira um cisto cebaceo.
Ele vai aumentando o tamanho
E não percebemos.
Aquelas causas perdidas, serviam para aumentar essa massa.. Mesmo incomodando. 

Na hora de tira lo , a surpresa
O tamanho havia triplicado,
Profundo...Na superfície  uma pele fragilizada.

E agora?
Mesmo não servindo pra nada
Ocupava o buraco
Agora
um vazio
A tristeza inflama
Aumentando o tamanho
Desse corpo  estranho..

O que fazer com a tristeza?
Se ela pode contaminar a carne
Boa...
Se necrosar, haverá morte
Da alegria, da felicidade
O nosso norte.

Pedir a libertação dessa toxina.
Fui procurar a ave Maria
Ela me disse
nada disso, 
No seu jardim havia planta que estava morta, 
Não dava broto, ou um ponto de fotossíntese.
Na inutilidade, arracastes da terra com raiz
Com chuvas vai preencher , irrigar
Novas sementes ali serão vindas pelo bico
dos pássaros na primavera, ou pelos ventos que trarão boas mudas. 
Com o tempo nascerá uma espécie que dará flor em qualquer época.

X.x.x.x.x.x

Aquele buraco que você metaforou 
Alucinações poeticas,
foi sua  matéria que a carne regenerou,
Uma cicatriz no dorso, 
Para Voce lembrar quando deu as costas
Para sua fé ...Levante!
A tristeza sairá , com a esperança de um Novo dia...Mesmo antigo, ele vem (sol) com sua luz no fundo escuro, de uma noite que passou sem estrelas, sem luar.

X.x.x.x.x.x.

A TRISTEZA , a angústia, seria um ser temível ?
Ela passa , disfarça,  seja você resistivel
Lute com aquela garra 
Que Você  conhece, e não esqueça que a vida, é terra, céu e universo.
Terá uma hora de pico, resista
Faz parte da abstinência, 
Fique calmo...Paciência 
Não se culpe...Nao de por perdido
ou vencido,
Tudo isso se resume no VÍCIO. 
se acender a memória 
lhe trara falso prazer, antes que ela apague, vai querer outra acender.
Apague de vez...Ressurja das cinzas
dos cacos que nunca vistes
E eles lhe fizeram dependente de uma ruína 
Química,  enganando seu corpo
como se fosse vitamina...
Saia dessa alucinação.

 
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 02/04/2019
Reeditado em 03/04/2019
Código do texto: T6614046
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