deveria
jogamos coisas pela janela e pensei que aquilo era tipo um ato revolucionário. pensei em como me jogo pelas janelas fictícias da vida. ando lendo pouco, e escrevendo menos ainda. pensei no sol quente tocando cada célula que revestem todo o meu corpo e nos propósitos da vida aqui. e fiz outra playlist com musicas tristes, mas essa é só minha. sem o toque de terceiros. e uma das músicas fala que todos iremos morrer um dia. acho que não me importo com isso. e ela tem uma voz suave, é quase como fazer carinho sem tocar. mas nunca fui boa com contato, falas e afins. penso que deveriam escrever um livro sobre relações humanas. e depois penso que seria impossível já que tudo é imprevisível.
nem sei direito o que escrevo, mas agora o relógio marca exatamente 19:59 da noite de domingo. e o quarto não tem meu cheiro, ou minha identidade. me pergunto se algum dia tive de fato uma identidade.
nem quente,nem frio. as luzes sobem até o alto do morro e penso em cada ser pensante que habita aquelas minúsculas casas ao topo do morro.
e ontem eu pensei em como as coisas costumavam ser tão tensas. e todas aquelas palavras que tomei como verdades falsas.
no fim continuo sem saber o que estou escrevendo ao certo.
deveria estudar para a prova de algas.