Amantes

Me perdi entre os amores, fui sonho, sonhei, muitas bocas beijei, chorei, quis morrer, meu peito doeu, explodiu.

Os amores se foram, eu aqui nas sombras, o que restou foi um grande vazio.

Me fiz poeta para minha dor com outros amantes dividir, em versos, recordar os amores, as noites de prazer, os enganos que cometi.

Não posso de mim fugir, curarei minhas feridas para poder seguir.

Quem me amava não está mais aqui, me restam a saudade e as lembranças que trago dentro de mim.

Sou poeta, um cometa errante perdido em algum céu por aí, viajando sem destino, chorando o amor que ficou perdido.

Amores vem e vão, ele ainda está aqui, porque tinha que ser assim, se fez ninho e sem nada dizer partiu. “Amor meu” juro, juro, nunca amei tanto assim. As noites são tormentos, meu castigo sem perdão.

Não sei para onde ir, junto as letrinhas, escrevo algumas linhas, tento outra vez, apago tudo, recomeço, recolho os retalhos, sobras da ilusão do que podia ter sido, quero me libertar, não dá, ele ainda está aqui.

Ele foi o melhor que eu tinha, ignorei, quem me amava não cuidei, a festa acabou, já não sei quem sou, o amargo das lágrimas me fazem dele lembrar, o amava e não sabia, o que mais queria era voltar, não dá, eu sei, seu amor matei.

Fátima Silva e Silva
Enviado por Fátima Silva e Silva em 29/03/2019
Reeditado em 12/07/2021
Código do texto: T6610580
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