Depois da Guerra 3

O magnetismo do Verbo no coração daquele que foi um dia, não ditou, nem deu o molde para que o Ser fosse. Forneceu luz, e o poder todo atrativo amoroso, para que a semente “alma” germinasse, e à partir dela, o Espírito fosse o que intuiu ser.

Indicava ter todo mapa da existência, cada flor tinha seu lugar, sabia do seu limite, e do seu excesso, para que fosse no pouco e no muito, sempre em harmonia com as outras flores do jardim, tudo cumprindo a realização na Grande Obra, a da Suprema Providência.

Até que as primeiras guerras foram anunciadas pelos clarins dos acontecimentos, a paz era a Lei, sobejava felicidade e bem aventurança para todos.

Os sentidos do corpo eram minuciosamente atendidos, a audição para a música, o canto, a dança, o levar do ritmo do mundo para dentro, a fala, para servir de expressão do que existia dentro, fora, a visão, levar para a alma as impressões do agora, no aspecto 3D(presente, passado e futuro), o olfato, impregnando de informação aos órgãos do organismo de tato interno para captar o sublime da matéria no corpo, e o tato externo, pele, mãos, o digerir pelos dentes, boca e língua, além dos órgãos sexuais e excretores, a participação do homem na fazedura de Deus dentro, pelo caminho do sexo, de catalisar o bom, e deixar o ruim ir embora.

Não havia traição, omissão, alucinógeno ou imunodepressores criado no imaginário do homem para que o corpo não atendesse aos anseios da Alma.

O emparedamento maior foi aquele que o homem construiu diante dele mesmo, tecido num emaranhado meticuloso, ao longo dos tempos, que entupiu os canais da clara luz, deixando a consciência encoberta. Tornando solitário dentro de um mundo inóspito, sombrio, cheio de santos e demônios, que não entrosam um com outro, irreconciliáveis. Vendo somente as portas do inferno o esperando, do ceticismo, da incerteza. O pecado como agente certo, aquele que auxiliará o “deus supremo” exarar a sentença final da Alma perdida, para ser queimada no fogo, “ que nunca se apagará”.

E aqueles dias da vida vivida no palácio, morada do Altíssimo, foi sentido o poder do verdadeiro fogo que nunca se apaga, nem corrói, ele vibra, te torna chama. Você É.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 28/03/2019
Código do texto: T6609946
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