Depois da Guerra 2
Depois de tudo, nós, aqui ainda... Insistindo reinventar a vida, viver a liberdade, que uma vez foi, e, depois, sido corrompida.
Uma vez resgatada, de tanto ser surrupiada por ideias e conceitos do que poderia sê-la na essência, discutida por fidalgos, filósofos, religiosos e faltosos, caído na boca de toda gente, servido de irrigação para povos e naçoes estabelecerem-se nas guerras. A liberdade ainda sobrevive como filha tímida da humanidade, direito natural do homem . Como órfã nas tempestades de ideias e ideais, solfeja esperança na mente humana.
As guerras, na psique e entre os povos, internas e externas, não solucionaram os conflitos que existem dentro e fora.
Tão fácil de ser apropriada, difícil de ser reconhecida como do homem.
Liberdade do Ser para ser aquilo que foi feito um dia para ser. Homem, besouro, flor, cavalos e cavalheiros, mulheres e senhoritas. O feio para ser feio, o bonito para ser bonito. Milênios e milênios...nós aqui. Tentando sermos livres.
E dentro, o sangue nos denunciando o passado escorreito. Vida anônima da ancestralidade. Adão e Eva, Caim e Abel, Cão, Cem e Jafé, Sadraque, Mesaque e Abednego,Sansão, Jó, Ló, Moisés, Davi, Nabucodonosor, Mardoqueu, Rute, Ester, Ana.
E os de outras províncias, Joana D'Arc, Rainha Elisabet, Helena de Troia, Alexandre, o Grande, Cleópatra. E todos que se expuseram, estamparam o a que veio por uma causa maior. Fizeram um desenho de liberdade, somos a quimera daquilo que idealizaram e não concretizou, sob o domínio de lutas e mais lutas. Batalhas, mortes, finais de impérios e dinastias.
Somos um hoje vazio de sentido, portando um passado que inspirou o novo.
E a liberdade, mesmo que filha tímida e órfã de mãe viva, a Humanidade, não deixa de exalar seu perfume, que entra pelas narinas da Alma que conheceu ela nos seus melhores dias ... Quando o Sol raiava no coração do Homem.