Depois da Guerra 1

Para os que estavam atrás das trincheiras, vencidos e vencedores; tiveram que recolherem os corpos, limparem o sangue pisado, removerem a sujeira que o jogo sujo da luta impôs.

Enterrar amigos e inimigos em vala comum, quando não cabia a identificação e a devolução aos familiares.

Preto, branco, rico, pobre, grupos de riscos, delinquentes e homens de bem, estiveram envolvidos na limpeza.

A lembrança do pós guerra, ainda fresca, ficara embatumada pelas obrigações primeiras; limpar os estilhaços, o sangue grudado no balcão do bar, na vitrine da loja de luxo, no realizar da escavação, abertura das covas para o enterrar dos mortos em estado de putrefação.

Depois de alguns meses, começando ouvir o barulho das máquinas nas fábricas, o carvão saindo pelas chaminés, os portos entregando as primeiras mercadorias para abastecer a cozinha do vencido e do vencedor, é que a tristeza pôde começar ser remoída, o ódio, a mágoa...o rancor.

Estamos num hoje, cheio de "ontens" como estes.

A guerra ainda não foi suficiente a ensinar o homem que para viver, há que se observar o conviver em paz, no exercício da tolerância, da harmonia e do amor incondicional.

Nenhum homem e mulher podem serem professores uns dos outros sobre estes temas, somente deles para eles mesmos.

Que reflitamos sobre nossos heróis, Jesus Cristo, o Maior, Gandhi, Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá, Mandela, e por aí vai.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 28/03/2019
Código do texto: T6609903
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