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"Inquieta comigo mesma,solto o verbo!"

Escrever é uma das coisas mais belas da Vida de muita gente! Faço-o fluente e excelentemente, com a exagerada consciência tópica, própria de um cego e, também, a de um louco utópico, moderadamente especial! Tenho uma razão sensível delicadamente exposta na ponta dos dedos, na língua, nos dentes e outra, dentro das orelhas, nos típicos ouvidos! Falo discretamente com a Alma uma linguagem primitiva e divina ! Escrevo nas paredes o idioma acadêmico dos corrimãos de belas páginas "grafitadas" para que todos entendam! Será sempre breve o que digo, pois sou incumbida de abrir os olhos através do meu escrever e tenho de ser rápida no que tenho a dizer, já que a sensação de quem lê é forte e cheia de fé nos sentidos daquilo que escrevo o que penso e digo mas, de maneira concisa e leve,também porque escrever "a fio" é bom, faz bem à Alma, porque não sendo assim é amontoar palavras de modo banal e vazio, sem tino e só tem inconvenientes! Por isso, eu escrevo o que nasce da consciência o que vale a pena ser levado em conta pelo leitor! É o meu modo existencial e excepcional de ler o Mundo e um pouco do que Ele contém! Escrever abarca-me braços e pernas,pois todas essas coisas que não me pertencem para sempre são possuídas por mim! Assim é a escrita, a última dimensão sentida da Alma, a melhor divisão da casa, onde me reúno comigo mesmo e, então, ninguém me segura,pois eu solto o verbo preso na minh'Alma e tento mostrar um pouquinho de mim!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 26/03/2019
Código do texto: T6608356
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