Não ajunteis para vós tesouros na terra...

Glória perene!?... Imorredoura fama!?

Neste inútil esforço de s'estar aqui para sempre?

E desta forma eis que se arrastam em sua ignorância e cegueira

Ah! Quem dera se indefinidamente durasse

aquela que certeza se teria a jamais se findar!

Porém, não s'é, portanto o que mais faz rir a Vida?

Daquela que a todos vê em sua ridícula sede d'eternidade?

Ó inebriadas almas!

Quando, pois de fato despertareis?

Entendam d'uma vez por todas:

Não existe aqui neste prazo vitalícia felicidade

Pela que em tal grau tantos ambicionam

E aos outros sem piedade matam... e se matam...

E, depois no termo de tudo, ante suas covas

Ao que alguns até prantearão suas partidas... suas mortes

(caso, é claro, não lhes deixem dívidas)

Mas no fundo do solo a que t'enterrarás

oh! Quantos vermes com alegria t'esperam para devorar a tua carne!

Ah! É a vida!... É a morte!

A gargalhar de nossos esforços em desejar estar aqui para sempre!

É a vida... É a morte... a rir de nossa triste e inevitável sorte

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26 de março de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 26/03/2019
Reeditado em 26/03/2019
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