O que herdei dos meus filhos
O que herdei dos meus filhos?
Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando
Herdei “desnojo” para limpar vômito e caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também
Muita
De um, herdei a necessidade de desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de outro, sagacidade para responder questões difíceis
Eu herdei vontade de montar árvores de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Eu herdei rugas, varizes, olheiras e estrias
E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita “mãe”
O que herdei dos meus filhos?
Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando
Herdei “desnojo” para limpar vômito e caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também
Muita
De um, herdei a necessidade de desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de outro, sagacidade para responder questões difíceis
Eu herdei vontade de montar árvores de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Eu herdei rugas, varizes, olheiras e estrias
E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita “mãe”