CHUVA SERTANEJA

O sertanejo ficava olhando os grotões molhados com a chuva que há dias caía no sertão.

As folhas das árvores balanceavam de um lado para outro

Com o vento leve que fazia companhia para os pingos da chuva que caíam sem trégua.

Os trilhos fundo do gado, as trilhas rasas provocadas pelos chinelos, pelos pés descalços e

E pelas botinas, todos molhados e lisos pela ladeira abaixo.

As pastagens encharcadas e verdinhas pareciam um lençol de seda pelas montanhas.

Os riachos robustos com as águas que pelas encostas iam descendo ao longo do dia.

Os pássaros voando por entre a chuva em zig e zag e às vezes,

faziam roda de moinho no ar molhado e frio.

Debaixo das árvores frondosas, nas encostas das pedras e até debaixo dos telhados das tuias,

Ficavam os animais domésticos encorujados e curtindo o silêncio do sertão encharcado.

Assim a chuva nas tardes sertanejas ia calando e se preparando para recepcionar o anoitecer.

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 22/03/2019
Código do texto: T6604648
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