CHUVA SERTANEJA
O sertanejo ficava olhando os grotões molhados com a chuva que há dias caía no sertão.
As folhas das árvores balanceavam de um lado para outro
Com o vento leve que fazia companhia para os pingos da chuva que caíam sem trégua.
Os trilhos fundo do gado, as trilhas rasas provocadas pelos chinelos, pelos pés descalços e
E pelas botinas, todos molhados e lisos pela ladeira abaixo.
As pastagens encharcadas e verdinhas pareciam um lençol de seda pelas montanhas.
Os riachos robustos com as águas que pelas encostas iam descendo ao longo do dia.
Os pássaros voando por entre a chuva em zig e zag e às vezes,
faziam roda de moinho no ar molhado e frio.
Debaixo das árvores frondosas, nas encostas das pedras e até debaixo dos telhados das tuias,
Ficavam os animais domésticos encorujados e curtindo o silêncio do sertão encharcado.
Assim a chuva nas tardes sertanejas ia calando e se preparando para recepcionar o anoitecer.
É isso aí!
Acácio Nunes