AMOR... DE CARNE E OSSO
Místico movimento a puxar... para si
Ao que em seu ímpeto vede o quanto nos atrai
Tentação que não se resiste
E deste modo s’é!
Peles que se atraem... por outras peles
Dominados corpos neste seu enigma
E eis que se apaixonam
Da proximidade a não se negar entr'eles
Até porque não querem... sua ruptura
Rostos que se miram... e se deleitam
Amor de carne e osso
Conhecer-se-iam?
Todavia, no magnetismo de sua incrível força não se repelem
Seria, pois o verdadeiro amor?
Ou seria simples engodo dos olhos?
Ah, e haveria alguém a poder definir esta extranatural potência?
Mas, o tempo, e sempre o tempo...
Na inexorabilidade de su'essência... a devorar nossas peles
Como o sol em seu calor a derreter os bonecos de cera
Porém, dissolveria o amor se de fato o houvesse?
Daquele que n'outros tempos eis que aos corpos os unia?
Oh! Creio que não pelo que tudo no prazo passa
(e disto todos bem sabem)
Contudo, jamais o amor...
(caso seja realmente... amor)
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21 de março de 2019