Num mundo, mudo!...
Um dia, desceremos a tumba fria
Inerte, em decúbito dorsal
Entraremos em contato com a terra fria
E viraremos pó!...
Com o auxílio das bactérias...
Informes, luminosas...
Seremos pontos de volta á origem da criação!...
E assim lembraremos que somos pó e
Para ele voltaremos!...
Com nossas angústias, maldades, malícias
Com nossos amores, ilusões. paixões...
Deixaremos na terra algumas sementes,
Protótipos do nosso ser...
Que com coesão agirão...
E formarão pares invisíveis!...
Vividos num passar externo....
E assim então, seremos fusão da metade...
Vivendo, revivendo em busca...
Do melhor modo de pensar e agir!...
Livre como a brisa mansa...
Que se balança ao sabor do vento...
E lá, ficaremos quietinhos, quietinhos...
De camarote!...
Ouvindo os sussurros, as melodias...
De vozes imbricadas com o "eu" invisível a olhos nus!...
Permaneceremos distantes e constantes!...
De todos os corações...
Que marcaram presença nesta transição...
Num mundo mudo permanecerei!...