AMOR DESMEDIDO
Ah, amado, inteiramente, necessito da certeza tua se ainda és unicamente meu. De tua bronzeada pele, derrama sobre a minha cútis pálida, o suor da suave melanina tua, corando o pômulo do rosto meu, e sou afogada pela suavidade do carinho teu. Digo-lhe que cavalgarei sobre as dunas salientes sensuais do corpo teu, provocando em meu ventre, o calor ardente das desertas temperaturas.
Em cada curva e esquina tua, exalas o cheiro do homem tão somente meu. Vossa narina sopra em meus ouvidos o vento aquecido e embriagado do afago atrevido dos dedos teus, que deslizam sem vergonha e sem pudor tateando cada canto do corpo meu. Se sou tua, e se és meu, deixe-me atrever-me, lhe explorar sem censura da casa minha, onde habita o mais grandioso de todos os sentimentos meus! Amor, amor que arde, que queima, delira, entorpece e penetra com teus fluídicos do desejo saciado que descansa no corpo meu.
Digo-lhe que serei para sempre a tua amada, e que serás eternamente o amado meu. Juntos, seremos únicos, e todas as vezes que cavalgarmos na ânsia louca da fome e sede que só saciaremos se bebermos de nossas salivas e tocarmos fortes em nossas carnes, então, desfalecidos do gozo e prazer, descansaremos abraçados, onde profundamente nos olhamos afagados os nossos espíritos com a ternura fiel, leal e amiga dos que realmente se amam.