Despedindo as expectativas com justa causa
Acabei de criar coragem pra juntar as expectativas (que guardei por anos nesta gaveta mental) para despedí-las.
Por muito tempo as mantive sob à minha ordem, num trabalho escravo e em condições subumanas.
E por assim viver, andei alimentando a minha frustração que marcou profundamente minha trajetória até aqui.
Agora não tenho mais colaboradores (ao menos para alimentar minhas lamentações no café com Leite da manhã).
Assumo sozinha os riscos (pago o preço por ser assim tão intensa nos sentimentos)
Não quero ter razão, porque prefiro a emoção à flor da pele.
Não quero ser dona da verdade, porque não resistiria a certeza iminente e a monotonia do saber.
Não quero olhar apressadamente e enxergar o que quero e não o que os meus olhos podem ver.
Não quero julgar pessoas e atitudes, porque os meus limites passeiam saltitantes entre a minha humanidade (limitação, na verdade) e eu.
Não quero esperar a chuva de palavras, se vejo no encontro de faces a crônica e a poesia, o conto e a ironia, a canção feita em lágrimas.
Não vou olhar para alguém como se tivesse que ler pensamentos, porque há analfabetos espirituais (sou eu uma delas, por vezes).
Não reclamarei da solidão que persegue (ou a persigo alimentando meu desejo de controle, apesar do descontrole) a minha mente quando espero respostas prontas, já que as perguntas podem ser as respostas e vice versa.
Não vou apontar defeitos tendo em vista a minha percepção (tão pequena diante do universo, uma gota de àgia doce no oceano)porque nem todos conseguem ver a “lua cheia” da estação (tem tanta minguante sendo apreciada pelo telescópio da insensatez por dias, meses, anos).
E depois de assinar essa ação de divórcio entre a expectativa e eu (esse relacionamento de mão única desde o nascimento) tocarei a vida(como se fosse uma canção de amor com final feliz) sabendo que mesmo tendo que dividir aquilo que reuní enquanto mantínhamos uma comunhão, agora cada um segue a sua vida (por justa causa).
A expectativa soberana (na comissão de frente da escola de samba da vida) se posiciona em lugar confortável... Diante dos olhos!
E eu? Deixo de sofrer (injusta, ansiosa e apressadamente) pelo desejo de ver aquilo que esperava acontecer como alimento condicional da ansiedade que me come, afinal, exigir dos outros, aquilo que jamais realizaria cria uma imagem da hipocrisia, bem vestida, cheia de laços bordados, mas apenas uma criança mimada num vestido de festa.
Acabei de criar coragem pra juntar as expectativas (que guardei por anos nesta gaveta mental) para despedí-las.
Por muito tempo as mantive sob à minha ordem, num trabalho escravo e em condições subumanas.
E por assim viver, andei alimentando a minha frustração que marcou profundamente minha trajetória até aqui.
Agora não tenho mais colaboradores (ao menos para alimentar minhas lamentações no café com Leite da manhã).
Assumo sozinha os riscos (pago o preço por ser assim tão intensa nos sentimentos)
Não quero ter razão, porque prefiro a emoção à flor da pele.
Não quero ser dona da verdade, porque não resistiria a certeza iminente e a monotonia do saber.
Não quero olhar apressadamente e enxergar o que quero e não o que os meus olhos podem ver.
Não quero julgar pessoas e atitudes, porque os meus limites passeiam saltitantes entre a minha humanidade (limitação, na verdade) e eu.
Não quero esperar a chuva de palavras, se vejo no encontro de faces a crônica e a poesia, o conto e a ironia, a canção feita em lágrimas.
Não vou olhar para alguém como se tivesse que ler pensamentos, porque há analfabetos espirituais (sou eu uma delas, por vezes).
Não reclamarei da solidão que persegue (ou a persigo alimentando meu desejo de controle, apesar do descontrole) a minha mente quando espero respostas prontas, já que as perguntas podem ser as respostas e vice versa.
Não vou apontar defeitos tendo em vista a minha percepção (tão pequena diante do universo, uma gota de àgia doce no oceano)porque nem todos conseguem ver a “lua cheia” da estação (tem tanta minguante sendo apreciada pelo telescópio da insensatez por dias, meses, anos).
E depois de assinar essa ação de divórcio entre a expectativa e eu (esse relacionamento de mão única desde o nascimento) tocarei a vida(como se fosse uma canção de amor com final feliz) sabendo que mesmo tendo que dividir aquilo que reuní enquanto mantínhamos uma comunhão, agora cada um segue a sua vida (por justa causa).
A expectativa soberana (na comissão de frente da escola de samba da vida) se posiciona em lugar confortável... Diante dos olhos!
E eu? Deixo de sofrer (injusta, ansiosa e apressadamente) pelo desejo de ver aquilo que esperava acontecer como alimento condicional da ansiedade que me come, afinal, exigir dos outros, aquilo que jamais realizaria cria uma imagem da hipocrisia, bem vestida, cheia de laços bordados, mas apenas uma criança mimada num vestido de festa.