Aceite-me!4

Depois, tudo fica ad quem, a feitura, o tecer da teia, a construção do mundo pessoal, mesmo revelando-se obra de arte, a nossa vida costurada no mais alto nível, fica a lacuna.

Não se beija mais sozinho, nem fabrica como seu, a solidão é abolida.

Estar as margens da bem aventurança, este realizar compartilhado com Aquele que nunca foi, faz da gente alma manca neste mundo, fica um pé aqui, e outro lá.

Quem procura acha, aquele que bate, a porta se abre...somente não esperaria fosse em tanta abundancia, este amor incondicional e indizível que é estabelecido entre nós e o Insondável. Resta-me querer ser recebida, aceita no veladouro.

Que renúncia que nada! Puritanismo, celibatarismo e coisa e tal. Isto não existe.

Estar diante do limite entre a alma e o corpo, é sentir-se tranquilo no que é. Não existe pudor, certo e errado. Você é! Nu.

Existe uma aceitação selvagem da origem. Se para buscá-la foi usado a lógica na sua sinceridade, ir a fundo. Chegar no limite, foi como descobrir o oásis da inclusão, acolhendo tudo que fizemos de nós.

Não existe transa maior que esta.

Me disponho esperar ser aceita.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 10/03/2019
Código do texto: T6594729
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