Aceite-me!3

A resiliência pede metabolizar o choro, de modo que a combustão se dá justamente pelo desafio do ousar vencer, superar os obstáculos, sair da tristeza, da dor, do horror.

Em outras palavras , é o fato de produzir qualidade de vida interior sob a pressão das adversidades. A alegria, estados de felicidade, estabilidade emocional, voo raso sobre as ondas turbulentas, doma-se o leão interior, fazendo-o andar nos caminhos do bom senso, do justo, do ideal para a paz na peregrinação, aventura de vida nesta Terra .

Em resposta, o canto aparece, ouve-se o som da vida, há o degustar do instante, tocado pelo arregimento da mente, na posição conjunta e articulada do soprano, tenor, contralto e baixo, que dá o sentido do que é o bom, esterco para o aflorar do bem estar interior, e o ruim, encaminhado ao ralo, ao descarte.

Gostaria, aquele que chegou neste ambiente, se bastar nesta sintonia, o suficiente atuando como verdadeiro artista da própria vida. Mas no íntimo, vive com aquele que não o trai,dizendo: “E daí!?E daí!? O que mais? Vire-se, me traga algo mais, enxergue, me dê nas mãos para eu apalpar, leve-me até onde está Aquele que faz tudo!

Como terapeuta no consultório, com aquele olhar quase inquisidor, ressoando inquirir o paciente a vomitar mais daquilo que lhe incomoda, para assim, poder diagnosticar, palpitar possibilidades para os caminhos da cura, fica ele.

Este que não deixa o navegante enganado, pede o enlace final, quer aderir-se Àquela Fonte da qual lhe dá existência. O quebra cabeça não junta, falta peças para formar o Todo.

Naqueles minuto na madrugada em posição estática, sente as cordas do coração bater, pelo respirar absorve no fio terra que se estabelece, não é ar! Não é ar!!! Brisa da madrugada, não é ar!!

As cordas do instrumento, coração, chegam serem vistas pelo olho do espírito, até que depois de alguns minutos, não se vê, nem se respira, os pensamentos não são mais, cinco e trinta da madrugada... É em tudo, cumpre a máxima dita pelo Mestre dos mestre, enxerga, sente, vive! O “Estar no mundo fora dele”.

O último degrau. Entre o inspirar e o expirar, não sabendo mais quem foi um e outro por último, quando tudo acontece, do abdome à mente. Somos. A Fonte se revela, não a sua face, mas sua atividade, una e sincrônica, acontece, desaparece o que é dentro e fora.

Tudo É.

Não há sentimento que se expressa, não há o que se expressar. A glória de Deus se revela para servir-nos, reabastecermo-nos da convicção inabalável de que estamos Nele, somos Dele, refletimos Ele em nós.

É por isto que desde que tudo isto sente, firma nesta consciência na rocha inabalável, que não apresenta sombras da dúvida ou resistência, de ser absorvida por esta inteligência, real e suprema.

No caminho para o Tao. Me habilitei querer ser recebida.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 08/03/2019
Reeditado em 08/03/2019
Código do texto: T6592621
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