Chão molhado

Não se julgava tolo por amar, mas se considerava imprudente ao se entregar de tal modo que não pudesse voltar atras. Era como tivesse a opção de puxar vagarosamente a coberta ao se descobrir num dia frio, e invés disso, escolheu desfazer-se dela num puxão só, arremessando-a no chão molhado. Cobrir-se novamente só traria mais frio, e o lembraria da má escolha que fizera, então aceitou que seu coração ficaria empedernido. Não havia "voltar atras" para pessoas que amavam assim... nunca houve.

Diomezio Almeida
Enviado por Diomezio Almeida em 05/03/2019
Reeditado em 05/03/2019
Código do texto: T6590421
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