A última vez
 



 
Na primeira vez ela não tinha voz,
nem razão,
a sua poesia era feito sonhos soprados,
sem alma,
palavras, pensamentos e atos inocentes,
palavras que no tempo, se foram com os ventos.
Não era uma dor arrancada do peito,
sequer era  verso.
O tempo passou, agora era um pedido,
era um encanto
o riso que faltava, pelas mãos que não se tocavam,
uma a falta de brilho num olhar,
sem um pedido de perdão.
Tudo ficou monótono, poemas sem rumo,
cansada, a alma se deu conta
que não havia a última vez,
da vida, precisava,
sonhos lançados,  sem mais alcançá-los,
restava olhar para dentro de si, e resgatá-los.
Não era tarde, a fonte incessante dos desejos,
que mesmo sem voz, recriava a própria essência,
busca sem se cansar a felicidade.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/03/2019
Código do texto: T6587205
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