Dia de poesia



Vento frio, gostoso, vento que me reporta ao instante de paz,
neste silêncio que faz a minha alma repousar em gratidão
e amor por tudo que me foi concedido na vida.
Ter um passado de lutas, ter a lembrança de uma infância feliz;
Corri, tomei banho de chuva na rua, gritei, brinquei, sonhei,
cresci, realizei. Ganhei três filhos maravilhosos, quatro netos,
quanta bênção para uma só vida, meu Deus.

O dia hoje está diferente, o café ficou mais gostoso, e a saudade,
essa que consola as almas, nem me dói. Dia de poesia...
Dia cinza, frescor, brisa da manhã,
e chove, chove tanto, me emociono olhando a terra molhada,
o frescor das plantas verdinhas... As flores ainda mais belas!
Amo a chuva, as noites suaves.

Lágrimas de felicidade.

Meu Deus, obrigada, e se não fosse pedir muito,
eu quero pedir só mais um pouco,
quero muito que os meus filhos e os meus netos sejam felizes
e que carreguem em suas almas, a alegria de viver,
que coloquem sempre um sorriso em suas almas,
mesmo em meio ao ódio que a humanidade alimenta,
que eles vejam sempre o lado bom da existência, que não esvaneçam.

Calada aqui, acalentando o meu coração no compasso desta alma sem pressa, que seja meio atrapalhada, ah este meu coração maluco,
desobediente sempre pulsando demais, que não cansa de sonhar.
Tenho tão pouco à pedir, diante da minha imensa gratidão.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 25/02/2019
Código do texto: T6583608
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