Traduzindo o amor, no impossível
TRADUZINDO O AMOR, NO IMPOSSÍVEL.
"Nas entrelinhas da razão que me persegue, canto uma canção de amor, em silêncio...
Ora olho a lua bela e cintilante que me persegue, ora vejo o meu olhar em reflexo. A Deus agradeço a alegria de ter um coração repleto de um sentimento que domina e, nada de dominá-lo... Pois, o amor é sem condições e contradições. Aliás, sem nenhuma piedade, assume avassaladoramente todo o território e ainda costuma derramar aos redor o antídoto que toma o corpo e a mente, o ser e toda gente.
Explode não coração! Jamais poderia lhe ver em pedaços...
Se amor com amor se paga, eis o que faço.
Não importa o tamanho do laço, amor não se mede pelo ângulo, amor é fogo, amor é osso, amor é estado...
Amor é tudo que lhe ocupa espaço, amor é aço. Amor é tradição e poesia. Mas não seria o amor rebeldia?
De um coração cheio, mas não derramado. De um amor de medo, mas não desalmado.
Um coração que ri, e como resposta, recebe a palma do outro lado.
Amor é assim, um tratado: Cuidando para ser cuidado.
Amor é o expoente exaltado, o clamor balbuciado, o tremor de mãos emocionadas...
O amor é a resposta da alma de um grito oculto que clama comunhão: Ser um inteiro.
Divido em sentimentos, dos mais belos, o melhor, mas uno-os e os aumento, amar é mesmo um contratempo? Indignação...
Amar é apenas uma missão. E que voem anjos do céu sobre mim, porque encontrei... Se é que amor se procura... Afinal ele que localiza desprevenido...
Entre tantos destes sentimentos, que me construíram, escolhi o que me aperta...
O amor que não tem pressa... Mais cedo ou mais tarde irá te convocar.
E o que dizer diante de uma súplica tão dócil e sutil de um amor tão delicado? _ _ _
-Assuma seu posto em meu órgão vital, porque assim, sou agraciada!"
Mônica Melo Tavares