PERDOAR OU NÃO PERDOAR... EIS A QUESTÃO!
Ai, nefast'orgulho!
A que renunciar não então o farei a mim mesmo
Ah, de modo algum!
Da ofensa a habitar em minha memória do mal qu'outro me fez
Oh! fato que forças não tenho... nem ânimo para tal
(ou seria visto que não quero?)
Não perdoar!
E assim, achar um real motivo
(mas, de fato o seria?)
A que ao outro, pois o responsabilizaria
Pelo término da relação a que antes existia
(ou será que, em verdade, nada entr'eles havia?)
Daquela qu'em essência já não mais era
Ou quando o tanto ofendido já há tempos, oh! como o queria!
Todavia, o mal a qu'então ele a mim o fez
não eu o teria feito primeiro ao que somente me revidou?
Deste modo o culpado não foi tanto ele
como, em verdade, fui... eu mesmo!
Ai, meu Deus, como sou tão hipócrita, covarde... e mesquinho!
***********************
21 de fevereiro de 2019