PERDOAR OU NÃO PERDOAR... EIS A QUESTÃO!

Ai, nefast'orgulho!

A que renunciar não então o farei a mim mesmo

Ah, de modo algum!

Da ofensa a habitar em minha memória do mal qu'outro me fez

Oh! fato que forças não tenho... nem ânimo para tal

(ou seria visto que não quero?)

Não perdoar!

E assim, achar um real motivo

(mas, de fato o seria?)

A que ao outro, pois o responsabilizaria

Pelo término da relação a que antes existia

(ou será que, em verdade, nada entr'eles havia?)

Daquela qu'em essência já não mais era

Ou quando o tanto ofendido já há tempos, oh! como o queria!

Todavia, o mal a qu'então ele a mim o fez

não eu o teria feito primeiro ao que somente me revidou?

Deste modo o culpado não foi tanto ele

como, em verdade, fui... eu mesmo!

Ai, meu Deus, como sou tão hipócrita, covarde... e mesquinho!

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21 de fevereiro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 21/02/2019
Reeditado em 21/02/2019
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