Velha estação




Sou a fumaça que às nuvens do céu se mistura,
sou os solitários trilhos que nada mais procura...

Sou o vento, sou o capim selvagem,
sou o trem que descarrilha e está sempre em desvantagem,
ora cheio, ora vazio, ouvindo queixas pelos atrasos.

Sou o olhar que foge para além da paisagem,
sou o problema que você em casa deixou,
a sua bagagem deixada atrás daquela porta, sou.

Agora nada sou, sem destino, sem ele, sou o penetra
que a vida para trás, na velha estação que perdida
para trás, ficou.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/02/2019
Código do texto: T6578012
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