Velha estação
Sou a fumaça que às nuvens do céu se mistura,
sou os solitários trilhos que nada mais procura...
Sou o vento, sou o capim selvagem,
sou o trem que descarrilha e está sempre em desvantagem,
ora cheio, ora vazio, ouvindo queixas pelos atrasos.
Sou o olhar que foge para além da paisagem,
sou o problema que você em casa deixou,
a sua bagagem deixada atrás daquela porta, sou.
Agora nada sou, sem destino, sem ele, sou o penetra
que a vida para trás, na velha estação que perdida
para trás, ficou.