VOZES
Eu estava dormindo... Meu ‘eu’ visitou-me e disse:
Escreve! Do 'túnel' da vida, tu já percorreste a metade.
E se o tempo perdido com a vaidade
Seguir a estatística de até então...
Por falta de tempo, tu pedirás perdão.
Nessa linha tênue da vida
Não se pode perder o foco da direção,
Pois no emaranhado de entrada e saída
Perdido, tu ficarás sem noção.
Não sabia se eu tinha uma ‘visão’ ou sonhava,
Se o recado era uma missão ou era pra mim.
Logo cedo tratei de escrever, enfim,
Tudo que foi sussurrado, desde o começo até o fim.
Lembrei-me que quase todas as noites...
Ouço essas vozes compassadamente
E se logo não escrevo, todas se apagam da mente.
O pedido se aplica em muitos casos...
Cada um que assimile e entenda
Aceite ou se cale sem contenda,
Pois o recado está dado;
Não me culpem se carregarem atrasos.
Arrependo-me de muitos outros... Eu não ter anotado,
Pois o registro foi logo apagado.
Só lembro-me da euforia de tão belas rimas
Sopradas por ‘luzes’ chiquérrimas
Aos tímpanos deste pobre “soldado”.