DESTINO.

Afinal, quem pensa que é esse tal DESTINO? Por que se acha no direito de fazer escolhas e traçar meus caminhos? Coisa do destino? Quis assim o destino? E minha vontade, não conta? Ahh, caro destino apressadinho...Passa por cima das minhas escolhas, minhas vontades, meus desejos. Chega mais, Caro Senhor, Destino. Precisamos conversar. Penso que poderíamos ser amigos. Não quero que decida por mim. Nem sempre, você acerta. E cá, fico eu, assim, à sua disposição. Na expectativa de suas escolhas. Por favor, não queira por mim, não sinta por mim, não decida por mim. Preciso acertar ou errar por minhas próprias escolhas. Você leva tanto...e tão pouco traz. Você trama às escondidas e me assusta, quase sempre. E resignada, finjo não ligar. E sigo. Sigo seus desígnios. Não destino a você minha vida, tampouco, minha alma. Isso, sem contar as vezes em que se demora tanto...demora-se tanto a traçar meus caminhos. Ora chega tão apressado, ora causa-me cansaço por tanta espera. Pois bem, fica então, assim acertado; tomo as decisões, cabendo a você, caro amigo destino, as devidas consequências...boas ou más. Fechado?

Elenice Bastos.