VOCÊ

Você faz parte das relações que me compõem... Que acrescentam... Que me proporcionaram/ proporcionam abertura para produção de sentidos... Produção de vida... Qual o sentido de se ampliar os sentidos? Não é algo tido... É algo compartilhado... Algo tido mas ao mesmo tempo compartilhado... Movimento constante... Um sentido só é construído num contexto de movimento... No flu-ir... Um movimento de existências... De modos de existir... De histórias que em movimento entrelaçam-se e mobilizam sentimentos, os quais se interligam a um contínuo de sentidos, sustentam-se para a constituição de recri-ação do sentir... De sentidos... São co-contínuos... No ir do caminhar, somos constantes ninhares, nos ares, aves, sendo e buscando novas aves, nos ares, movimento, caminh-ar... No caminhar somos destroços... Não meros destroços... Vivemos em meio ao caos... Somos caos, a existência é um caos constante... Nada alinhado... Nada organizado... Tudo se move... Cacos de vidro, quebrados e, simplesmente, nos movemos em meio aos cacos... Arrizomamo-nos... Atemporais na temporalidade de ser tempo... No tempo que o tempo não tem... Quebra de linhas... Caos... Tudo e nada, tudo nada, caos é tudo, caos é nada, caos que nada, caos que é tudo e nada ao mesmo tempo... Em busca de dependências, fazemos parte de uma rede de dependências... De pendências, sempre devendo, sempre faltando... Somos rel-ação, ação de ser, sentido a sentidos... Constantes contínuos... Nada explica... Nada descreve os sentimentos... São como água... Que desagua... Que se move de alguma forma... Em algum tempo... A todo momento em outras águas ...

Ylleuname Sopmac
Enviado por Ylleuname Sopmac em 08/02/2019
Código do texto: T6569718
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