Ai, é qualquer coisa aí...
Quem eu sou pode não ser exatamente quem tu vês
E muito provavelmente não é
Meus complexos confundem-se
Com ausência
Com apego
Com frieza
Com calor demais
Mas isso te confirmo com todo meu eu
Eu sou CALOR
Seja como ele se dê
Pode vir na forma de um berro ou de um silêncio cortante
Mais coisa ou menos coisa
Nunca morno
Nunca neutro
Muito tudo
Ou o mais próximo possivel do nada
Eu sou o clichê
E a frase mais ambígua
Ser quem eu sou é estar a mercê desses complexos
E se eu disser que tenho medo?
E se eu fugir ao ouvir seus murmúrios em minhas esperanças?
Tô tentando equilibrar
E dizer pra mim mesmo que é tudo coisa da minha cabeça
E é mesmo
Deixou de ser real?
Deixo de ser
Quando? Onde? Quanto?
Quem? Você? Nós?
Sim,eu sinto esses nós
Sempre que digo que seria bonito ver o dia nascer contigo
Ou que seria um dia bonito ver algo nascer
Desses nós
Mas ninguém quer que nada cresça das sombras
E a lua chora
Lembrando da rejeição do sol
E o sol chora
Sem poder lembrar do calor da lua....