Ai, é qualquer coisa aí...

Quem eu sou pode não ser exatamente quem tu vês

E muito provavelmente não é

Meus complexos confundem-se

Com ausência

Com apego

Com frieza

Com calor demais

Mas isso te confirmo com todo meu eu

Eu sou CALOR

Seja como ele se dê

Pode vir na forma de um berro ou de um silêncio cortante

Mais coisa ou menos coisa

Nunca morno

Nunca neutro

Muito tudo

Ou o mais próximo possivel do nada

Eu sou o clichê

E a frase mais ambígua

Ser quem eu sou é estar a mercê desses complexos

E se eu disser que tenho medo?

E se eu fugir ao ouvir seus murmúrios em minhas esperanças?

Tô tentando equilibrar

E dizer pra mim mesmo que é tudo coisa da minha cabeça

E é mesmo

Deixou de ser real?

Deixo de ser

Quando? Onde? Quanto?

Quem? Você? Nós?

Sim,eu sinto esses nós

Sempre que digo que seria bonito ver o dia nascer contigo

Ou que seria um dia bonito ver algo nascer

Desses nós

Mas ninguém quer que nada cresça das sombras

E a lua chora

Lembrando da rejeição do sol

E o sol chora

Sem poder lembrar do calor da lua....

Facas não fazem barulho
Enviado por Facas não fazem barulho em 06/02/2019
Código do texto: T6568114
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