Pequenas lembranças
Declino, floreio, peço licença , deixa-me entrar
Vou te contar minha vida, tenho certeza, vais adorar !!!
Tenho tantas histórias, fatos engraçado,
Nem sei por onde começar , melhor ser do começo
Pra nao embolar...
Nasci no interior, vida bem simplesinha, nada de luxo, nada de caro, só o necessario, sem choramingar.Pai Renato e mãe Teresinha, pesssoas sofridas , sem instrução, mas muita educação, respeito e amizade, a bem da verdade, nunca ouvi meu pai xingar, homem trabalhador, tirava do seu suor, o sustento do nosso lar.
Cinco filhos criou, dois homens e três mulheres, mas muito cedo nos deixou, ficando a dor da saudades, mas construiu seu império, nada de herança, nenhum bem, o império que falo, é o respeito e amor que a gente tem.
Eu bem pequenina , ( e até hoje ainda sou) ouvia histórias contadas pelos tio e avô, da mula sem cabeça, do fantasma do casarão, do preto São Alição que carregava crianças no saco.Brincava de esconde esconde, jogava betes na rua andava de carrinho de rolimã, atravessava a rua, ali passava boiada, levantando um poeirão, mas nada nos tirava a alegria de ver a passagem dos bois, que vinham tocando os sinos, e os boiadeiros os berrantes, anunciando ao povo a festa que viria, saudando todos os Santos com hinos e harmonia.Ali na Vila Monteiro, lugar onde nasci, era muito querida, a todos amigos queridos que nunca mais revi, deixo um abraço e um beijo, agora tenho que ir...