Não tem fim

A maioria das pessoas tem dificuldades para começar a escrever e isso também se encaixa na realidade de muitos senhores das letras, poetas, escritores, jornalistas. Eu, porém, sinto o fardo de não saber finalizar um texto. Isso porque há sempre um porém, um talvez, um paradoxo ou uma incógnita acerca de meus pensamentos. Acredito que histórias de verdade não tem fim. Sempre tem uma brecha, um traço, uma sombra do passado que borra o início de cada novo traço, e embora pareça um detalhe de quem escreve uma “nova” história ele ainda esta afogado em memórias. Histórias de verdade não findam pois estão intimamente ligadas às lembranças e conectadas as pessoas que lembram e todos os seus pontos de vistas possíveis de cada fato. O único ponto que termina uma história não é o final e sim o esquecimento. Ele não mata os violões, ele não salva os mocinhos e ele não faz nada ser para todo o sempre. O esquecimento é o mais justo e libertador dos fins e seja dom ou maldição eu não consigo esquecer e cada traço, passo, que dei ainda são vívidos, dos sentimentos às ações! Ainda escrevo muitos textos, mas não há nada de novo... as coisas que registro são reações de tudo que não consigo esquecer.