NÃO DEPENDE DE NÓS, POR MAIS QUE QUEIRAMOS
Ah, não creio que aqui da mesma "forma" voltaremos!
Oh, não! não creio!
Nem creio que iremos, pois nos encontrar da mesma "forma"
S'é que um dia então iremos...
Ao que não custa lembrar:
Não depende de nós, por mais que queiramos
E então! insensato será quem comigo irá querer então brigar
só porque não compartilho de sua opinião:
A de que n'algum lugar no além-tempo iremos, pois nos encontrar
Ai, quão ridículo!
E, valerá mesmo d'alguém a opinião se o querer da Vida for outro?
Pelos que se amparam com tais ilusões os miseráveis egoístas
Filhos do tempo, e que em seu íntimo, ai! quanto odeiam a eternidade!
Criadores de nefastos sofismas e vergonhosas religiões
E assim, desejam estar aqui... para sempre
Principalmente os que no tempo gozam de suas torpes delícias
Ou, mais ainda, aqueles que se regozijam com suas maldades
E, pergunte quem agora padece as maiores penúrias do vital prazo
se quereria estar aqui... para sempre!
Sofrimento eterno!
Ao qu'então me indago
Não! não creio, pois a vida o permitir
Pelo que penso sê-la misericordiosa... em su’essência
Mas, caso não for, fazer o quê?
Reclamar?
Revoltar-se contra a Vida?
Não! não depende de nós, por mais que queiramos
Que ninguém s'esqueça!
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1 de fevereiro de 2019