Cestos Com Corpos. Até Quando?

Quando ? pegaremos no mais alto estilo, os cálices transbordando das bebidas de sempre, para brindar a vida na real significância, sem o gosto amargo dos resultados, que de iminentes, se fazem reais.

Ter vergonha de sermos deste mundo, ressentidos com nossos iguais, de terem decaído em valores. Azedou a aura coletiva, anestesia cada vez mais o campo coletivo para a prática do amor, sedando o ar para a paixão, para o estar com o outro no contato do corpo, sangue, saliva e suor.

Festejar a vida, no seu mais alto sentido, esta é a promessa para realização, cada vez mais distante.

Vivemos o adiamento deste momento desde que nascemos, os trovões e relâmpagos, fatos noticiados, e aqueles que vivemos na pele, na saúde perdida, na troca da vida pelo esquecimento de que temos alma.

E o sexo, produto de consumo, sem a casa acesa dos que interagem, puro estímulo e excitação, apogeu do corpo animal, não do homem superior que habita sob a pele.

O Sol escaldante cozinha o angu podre das injusticas sociais, à custa da perda do espaço para o ser humano na Terra servir-se dela como salão nobre para a realização do verdadeiro valor moral.

Não! Basta ver corpos de gente e animal, enlameados, dependurados em aviões, cadáveres da gente que foram neles, gados chorando entalados no montão de lama contaminada. Traídos na confiança de que estavam garantidos no direito de irem e virem. Levaram como última impressão, quando partiram desta para outra, a traição trágica, nefasta e cruel.

Que a compaixão e o perdão sejam a realização deles do outro lado, que tenham encontrado a paz no amor divino supremo.

E em nós também! A vida continua, sob o império do Sol, que cada vez mais nos comprime...talvez para o parir de um melhor que ainda não conseguimos realizar em nós mesmos, e no outro.

Que brindemos a vida, quando o melhor chegar.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 31/01/2019
Código do texto: T6564303
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