Telhados

Minha janela me mostra as belezas
E também as feiuras
Das minhas fronteiras.
Através dela alço vôo ao infinito.
Para além dos telhados amontoados vejo o céu,
Nem sempre azul,
Nem sempre claro e bonito.
Me espanto e me alegro
Com a natureza que se esvazia
E se enche da beleza do firmamento.
Ao amanhecer, no mesclado dos raios de sol
No ocaso de todos os dias,
A cima dos telhados
Tingidos pelas cores do arrebol.
Meus olhos são treinados
a vislumbrar coisas que me aprazem
Perscruto o céu
E consigo enxergar
Todos os nuances captados
Telhados aglomerados são tristes,

No meu exercício diário
De procurar encantos
Para além daquela abertura envidraçada
Vejo neles boniteza que não existe.
Roseli Schutel
Enviado por Roseli Schutel em 31/01/2019
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