SONHOS REPETIDOS
Nair Lúcia de Britto
Sonhar todos nós sonhamos, mas às vezes um sonho pode ter um significado importante e, se não prestarmos a devida atenção, a mensagem do sonho pode passar despercebida. No momento em que dormimos nosso espírito se desprende do corpo físico e permanece ligado a este apenas por um cordão fluídico. Ao sonhar nosso espírito tem contato com outros espíritos que podem ser de amigos, afetos ou desafetos. Estes espíritos podem ser bons ou maus, depende da sintonia com a qual os atraímos.
Se a nossa conduta moral for correta, fazemos o bem e guardamos conosco bons sentimentos, atrairemos bons espíritos que até podem nos ajudar com boas ideias para solucionar problemas, através dos sonhos. Antes de dormir, é aconselhável sempre comer uma comida leve, em pouca quantidade. Apreciarmos uma boa música ou assistirmos algo de teor elevado. Caso contrário, se a preferência for por entretenimentos ligados à violência ou luxúria; ou se a pessoa guardar consigo sentimentos negativos, como rancor, ressentimentos ou desejo de vingança, espíritos maus serão atraídos durante o sono. Eles causam mal-estar e perturbação, mas é pefeitamente possível evitá-los através do perdão.
Ao contrário do que se possa imaginar, o perdão beneficia muito mais aquele que perdoou o mal recebido do que aquele que fez o mal. Porque no momento em que esquecemos o mal recebido e conseguimos perdoar experimentamos uma sensação de paz. E essa paz permite um sono tranquilo e sonhos mais agradáveis.
Há três tipos de sonhos. Fisiológicos, Psicológicos e Espirituais, conforme a visão espiritualista.
O sonho fisiológico está relacionado a algum sintoma de ordem física. Por exemplo, se durante o sono o tempo esfria e não estivermos devidamente agasalhados, sonhamos que estamos procurando um casaco para nos aquecer, mas não o achamos. Ou, se vamos dormir com fome, sonhamos que estamos comendo um alimento do qual gostamos. No sonho psicológico, experimentamos um estado íntimo relacionado às nossas atividades quotidianas. Por exemplo, um estudante que está se preparando para o Vestibular sonha que está executando a prova e tem dificuldade em resolver as questões.
O sonho Espiritual, explicado por Allan Kardec, Pai da Filosofia Espírita, é um momento de “emancipação da alma”. Ou seja, uma atividade desenvolvida pelo nosso espírito no mundo espiritual. Pode ser uma lembrança de vidas passadas ou algo relacionado à vida atual que estamos vivendo. Estabelecidas essas diferenças, ao acordar, podemos reconhecer qual tipo de sonho tivemos.
Os sonhos de caráter fisiológico ou psicológico são meio obscuros, mal delineados. Enquanto que os sonhos espirituais são nítidos e mais claros; alguns são até coloridos e nos proporcionam uma sensação de bem-estar. Nos lembramos deles com facilidade. Já nos dois outros tipos anteriormente mencionados,nos esquecemos do sonho rapidamente ou nem sequer nos lembramos o que foi que sonhamos.
SONHOS REPETITIVOS OU RECORRENTES
Quando um mesmo sonho se repete várias vezes, este tipo de sonho envolve alguma experiência traumática que ocorreu no passado ou ocorre no momento presente. Algo que marcou o inconsciente de uma pessoa pode vir à tona em sonhos. Por exemplo, a sensação desagradável causada por um assalto, ou um acidente de carro, pode se repetir através de pesadelos. Se esses sonhos se repetirem demais ou causarem algum distúrbio na pessoa que sofre com esse tipo de sonho pode ser necessária a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, conforme o caso.
Eu, particularmente, já passei por essa experiência de sonhos repetidos. Eu costumava sonhar repetidas vezes com meu ex-marido. Nos meus sonhos nós estávamos casados, ainda éramos jovens e nossos filhos ainda crianças. As situações eram variadas, cenas corriqueiras da vida de um casal. No sonho, eu sempre me sentia feliz junto da minha família.
Quando eu acordava, acordava também para uma realidade que me deixava entristecida: meu casamento desfeito e meus filhos cada qual levando sua própria vida. Num desses sonhos, eu estava sentada no banco de trás de um carro, que estava sendo dirigido pelo meu ex-marido. No sonho, porém, eu ainda estava casada com ele. Mas quem estava sentada no banco da frente ao lado dele era uma moça a quem ele deveria levar não sei para onde... A jovem o contemplava de forma terna e insistente. Em dado momento, ela estendeu uma das mãos e tocou-lhe o rosto, carinhosa. Neste instante, dominada pelo ciúmes, fui tomada por uma raiva intensa. Então eu a esbofeteei, furiosa. Não contente, ainda, comecei a lhe bater continuamente. Foi quando acordei.
Na época em que era casada, eu tinha um ciúmes doentio do meu marido, fato que criou muitas confusões. Hoje, esse ciúme não existe mais porque a indiferença dele destruiu todo amor que eu lhe tinha. Por que, então, esses sonhos repetidos com ele, se há muito não estávamos mais juntos? Era o que eu me perguntava.
A verdade é que eu ainda o amava muito quando nos separamos e não aceitava a separação. Foram inúmeras vezes que eu tentei a reconciliação. Meu subconsciente registrava os momentos mais felizes, junto com nossos filhos pequenos. Era como se eu quisesse que o tempo parasse no ponto mais feliz da vida. Mas o tempo não pára, a vida segue tão rápido que a gente nem percebe. Nada fica estagnado, as situações mudam, as pessoas mudam. Tudo corre como as águas de rio que não sabe onde vai desaguar.
Só parei de ter esses sonhos quando, finalmente, aceitei a separação e reconheci meu erro em alimentar um ciúme exagerado que levou ao término da nossa relação. Nunca ofendi nem bati em ninguém por causa de ciúmes, mas foi o motivo de muitas discussões inúteis. A mágoa que eu sentia dele se desfez.
Aprendi que o verdadeiro amor é recíproco. Que ninguém é dono de ninguém; nem ama ou desama alguém porque quer. A gente não manda nem no nosso coração, quanto mais no coração dos outros.
Hoje estou com o meu coração em paz. Nada tenho contra meu ex-marido. Pelo contrário, acho que ele foi sempre o homem digno que eu imaginava que ele fosse, quando o conheci. Sempre correto em todas as suas atitudes, um pai responsável, presente e amoroso. Apenas não éramos, um para o outro, a metade da laranja. Foi só isso.
Procurei dar-lhe o meu melhor. Espero que ele me perdoe as minhas falhas, assim como eu perdoei as falhas dele. O que tenho por ele, agora, é um sentimento puramente fraternal de afeto e gratidão pelos nossos filhos.
fonte: Site Mensagem Espírita
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2010/10/ha-interpretacao-para-os-sonhos.html
Nair Lúcia de Britto
Sonhar todos nós sonhamos, mas às vezes um sonho pode ter um significado importante e, se não prestarmos a devida atenção, a mensagem do sonho pode passar despercebida. No momento em que dormimos nosso espírito se desprende do corpo físico e permanece ligado a este apenas por um cordão fluídico. Ao sonhar nosso espírito tem contato com outros espíritos que podem ser de amigos, afetos ou desafetos. Estes espíritos podem ser bons ou maus, depende da sintonia com a qual os atraímos.
Se a nossa conduta moral for correta, fazemos o bem e guardamos conosco bons sentimentos, atrairemos bons espíritos que até podem nos ajudar com boas ideias para solucionar problemas, através dos sonhos. Antes de dormir, é aconselhável sempre comer uma comida leve, em pouca quantidade. Apreciarmos uma boa música ou assistirmos algo de teor elevado. Caso contrário, se a preferência for por entretenimentos ligados à violência ou luxúria; ou se a pessoa guardar consigo sentimentos negativos, como rancor, ressentimentos ou desejo de vingança, espíritos maus serão atraídos durante o sono. Eles causam mal-estar e perturbação, mas é pefeitamente possível evitá-los através do perdão.
Ao contrário do que se possa imaginar, o perdão beneficia muito mais aquele que perdoou o mal recebido do que aquele que fez o mal. Porque no momento em que esquecemos o mal recebido e conseguimos perdoar experimentamos uma sensação de paz. E essa paz permite um sono tranquilo e sonhos mais agradáveis.
Há três tipos de sonhos. Fisiológicos, Psicológicos e Espirituais, conforme a visão espiritualista.
O sonho fisiológico está relacionado a algum sintoma de ordem física. Por exemplo, se durante o sono o tempo esfria e não estivermos devidamente agasalhados, sonhamos que estamos procurando um casaco para nos aquecer, mas não o achamos. Ou, se vamos dormir com fome, sonhamos que estamos comendo um alimento do qual gostamos. No sonho psicológico, experimentamos um estado íntimo relacionado às nossas atividades quotidianas. Por exemplo, um estudante que está se preparando para o Vestibular sonha que está executando a prova e tem dificuldade em resolver as questões.
O sonho Espiritual, explicado por Allan Kardec, Pai da Filosofia Espírita, é um momento de “emancipação da alma”. Ou seja, uma atividade desenvolvida pelo nosso espírito no mundo espiritual. Pode ser uma lembrança de vidas passadas ou algo relacionado à vida atual que estamos vivendo. Estabelecidas essas diferenças, ao acordar, podemos reconhecer qual tipo de sonho tivemos.
Os sonhos de caráter fisiológico ou psicológico são meio obscuros, mal delineados. Enquanto que os sonhos espirituais são nítidos e mais claros; alguns são até coloridos e nos proporcionam uma sensação de bem-estar. Nos lembramos deles com facilidade. Já nos dois outros tipos anteriormente mencionados,nos esquecemos do sonho rapidamente ou nem sequer nos lembramos o que foi que sonhamos.
SONHOS REPETITIVOS OU RECORRENTES
Quando um mesmo sonho se repete várias vezes, este tipo de sonho envolve alguma experiência traumática que ocorreu no passado ou ocorre no momento presente. Algo que marcou o inconsciente de uma pessoa pode vir à tona em sonhos. Por exemplo, a sensação desagradável causada por um assalto, ou um acidente de carro, pode se repetir através de pesadelos. Se esses sonhos se repetirem demais ou causarem algum distúrbio na pessoa que sofre com esse tipo de sonho pode ser necessária a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, conforme o caso.
Eu, particularmente, já passei por essa experiência de sonhos repetidos. Eu costumava sonhar repetidas vezes com meu ex-marido. Nos meus sonhos nós estávamos casados, ainda éramos jovens e nossos filhos ainda crianças. As situações eram variadas, cenas corriqueiras da vida de um casal. No sonho, eu sempre me sentia feliz junto da minha família.
Quando eu acordava, acordava também para uma realidade que me deixava entristecida: meu casamento desfeito e meus filhos cada qual levando sua própria vida. Num desses sonhos, eu estava sentada no banco de trás de um carro, que estava sendo dirigido pelo meu ex-marido. No sonho, porém, eu ainda estava casada com ele. Mas quem estava sentada no banco da frente ao lado dele era uma moça a quem ele deveria levar não sei para onde... A jovem o contemplava de forma terna e insistente. Em dado momento, ela estendeu uma das mãos e tocou-lhe o rosto, carinhosa. Neste instante, dominada pelo ciúmes, fui tomada por uma raiva intensa. Então eu a esbofeteei, furiosa. Não contente, ainda, comecei a lhe bater continuamente. Foi quando acordei.
Na época em que era casada, eu tinha um ciúmes doentio do meu marido, fato que criou muitas confusões. Hoje, esse ciúme não existe mais porque a indiferença dele destruiu todo amor que eu lhe tinha. Por que, então, esses sonhos repetidos com ele, se há muito não estávamos mais juntos? Era o que eu me perguntava.
A verdade é que eu ainda o amava muito quando nos separamos e não aceitava a separação. Foram inúmeras vezes que eu tentei a reconciliação. Meu subconsciente registrava os momentos mais felizes, junto com nossos filhos pequenos. Era como se eu quisesse que o tempo parasse no ponto mais feliz da vida. Mas o tempo não pára, a vida segue tão rápido que a gente nem percebe. Nada fica estagnado, as situações mudam, as pessoas mudam. Tudo corre como as águas de rio que não sabe onde vai desaguar.
Só parei de ter esses sonhos quando, finalmente, aceitei a separação e reconheci meu erro em alimentar um ciúme exagerado que levou ao término da nossa relação. Nunca ofendi nem bati em ninguém por causa de ciúmes, mas foi o motivo de muitas discussões inúteis. A mágoa que eu sentia dele se desfez.
Aprendi que o verdadeiro amor é recíproco. Que ninguém é dono de ninguém; nem ama ou desama alguém porque quer. A gente não manda nem no nosso coração, quanto mais no coração dos outros.
Hoje estou com o meu coração em paz. Nada tenho contra meu ex-marido. Pelo contrário, acho que ele foi sempre o homem digno que eu imaginava que ele fosse, quando o conheci. Sempre correto em todas as suas atitudes, um pai responsável, presente e amoroso. Apenas não éramos, um para o outro, a metade da laranja. Foi só isso.
Procurei dar-lhe o meu melhor. Espero que ele me perdoe as minhas falhas, assim como eu perdoei as falhas dele. O que tenho por ele, agora, é um sentimento puramente fraternal de afeto e gratidão pelos nossos filhos.
fonte: Site Mensagem Espírita
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2010/10/ha-interpretacao-para-os-sonhos.html