Identidade de um perfil sem contato.
Quem somos de verdade?
Um perfil de Instagran ou
O produto certificado de anos de estudo das cátedras?
Quem me dera empinar uma pipa colorida com a linha tênue ente a ignorância e a sapiência!!
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" . Se o Cristo fosse mais malicioso poderíamos crer em suas verdades; o demônio do Cristo é mais sincero.A verdade por si só é uma prisão.
Quem somos de verdade além de uma natureza selvagem ascendente à domesticação dos sentidos? Somos, em graus, uma comunidade de suicidas toda vez que saímos da "selvageria".
Violento e selvagem não são adjetivos sinônimos. A justiça selvagem brota da terra fértil enquanto a justiça civil brota dos valores caducos, usurpador e frio.
As chicotadas diária em cada tic-tac nos faz lembrar de nossas obrigações na construção dos valores milenares. Cada tijolo é uma dose de esquecimento de nós mesmo. "Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor"
Sera que Huxley tinha razão, somos robôs de carne e osso?
A ditadura das convenções comunitarias não me dá chances de ser amado ( meu primitivismo é repelente ), no entanto eu amo na proporção que cresce minha ferida, que arde em dor, em meus instintos intuitivos.
Não sei quem sou, quem somos...mas o tic-tac não me hipnotiza. As variações e intensidade do meu coração é o único ponteiro que evidencia meu tempo presente; voando ou com os pés no chão.
Como ser isento das Garras do finado Orkut? Como conhecer a vida sem Facebook e sem saber sequer o que é Instagran?
Contatos...
Contatos que mesmo em contato não se perminte ao contato, o presente é engolido por passado ou futuro e nunca se estar presente; e quando esta presente a alma perdeu o contato.
Não mais se arrepia ao toque; a pele imbuída em uma crosta profunda de cosméticos não se dar conta do toque selvagem que toca a alma. Só os amantes selvagens, no ato, vivem o presente.
Minha alienação tem nome e sobrenome; é a dor de viver e sentir:
O gosto de sangue;
O fingimento em bálsamos de luxúria e sorrisos de Instagran.
Meu coração cada vez mais frio e minha ilha cada vez mais distante, respira crepúsculos e alvoradas.
Bendita seja a solidão dos que brotam da selvagem terra, amém! !!