SAUDADES
Levantou da cama,
nem escovou os dentes,
Queria sentir o ar fresco,
Abriu a porta,
olhando pra rua,
braços abertos,
o vento forte,
roupas esvoaçantes,
saudades de quando criança,
correndo na rua,
o vento no rosto
cabelos esvoaçantes
Cadeira de balanço,
vista para a rua,
se pôs ali,
observando
casais de namorado,
saudades da mocidade,
dos beijos,
dos namoros escondidos,
nunca se arrependeu,
são tantas histórias,
os cabelos brancos não falam,
Ah, se eles falassem...
Carrinho de sorvete,
virando a esquina,
matar um pouco da saudade,
Pena não ter o mesmo gosto,
agora, o doce amargo...
mas, vai se lambuzar de sorvete,
a diabetes não veio com os anos,
Graças a Deus!