Teoria do Caos
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Em resumo, a Teoria do Caos se baseia em que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Todo ato que parece estar em separado do todo terá sua resposta em algum lugar. É o que se chama de 'efeito borboleta' e está na essência de tudo modelando o Universo e se encaixando de forma absoluta.
Como fosse cada manhã banhando nossas faces já despertas. Como fosse cada aurora rompendo aos olhos expectantes, o senhor das horas fazendo o mundo girar em nosso universo.
Viveríamos um pão com manteiga, um achocolatado, riríamos puxando o jornal. Um beijo com gosto de café da manhã. Um riso com gosto de seis horas. Um afago com gosto de saudade do que ainda não veio. A cidade. Nos jogaríamos nela a que nos engolisse, nos consumisse com seus óleos, seus atropelos, sua demência. Mataríamos os dragões, empunharíamos a espada e lutaríamos até o crepúsculo nos aproximar de novo.
E riríamos da saudade distante. Você resmungaria seu dia. Eu riria da sua cara. Você fingiria brigar. Pediria uma comida. Eu estenderia a roupa no varal; minha calcinha e sua cueca. Lado a lado, balançando entre os ventos do senhor das horas em sua beatitude. Mataríamos a fome um do outro com a comida esquecida sobre o fogão. Desnudos pelas roupas do varal nos amaríamos com a constância dos ponteiros dos relógios antigos e dormiríamos ao balanço do seu pêndulo.
Como fosse cada manhã banhando nossas faces já despertas...
Não fosse a modernidade do seu quartzo digital ter mudado tudo isso.
"Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
'Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar a minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar"
(Pitty)
Obrigada pela mid, Jaque.
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