MORRO DO CIPÓ
Estrada de terra batida, estreita e funda, fria e úmida.
Mais parece uma trilha para motos, jeeps, charretes, cavalos e com cheiro de chão.
Barrancos altos cobertos de mato, com samambaias vistosas e imponentes que ficam sugando os barrancos umedecidos pelas sombras das restinga de mato que cobrem ambos os lados daquela descida leve e sombria. Sem contar a fartura de água que as sustentam.
Chorinho de fios de água se ouve ao longo de todo trecho bucólico daquela descida romântica e extasiante.
Pedras miúdas ao longo do trecho, separam os dois trilhos do centro da trada coberto de capim “barba de bode” e “guanxuma”.
Durante o dia, anús pretos ficam ao longo da travessia esperando comida, são insetos e mangavas que posam nos mourões de certa de puro cerne, já envelhecidos, com a coloração cinzenta devido ao tempo.
Assim é o conhecido Morro do Cipó no interior mineiro.
No final da descida, o Riacho da Graúna corta elegantemente a pequena estrada e desemboca nos desfiladeiros da Bocaina.
Folhas enormes de inhames permanecem a disposição dos transeuntes que por ali passam e estando ou não com sede as apanham para tomar uma água, natural, gelada e cristalina que o riacho oferece.
Essa é a realidade paradisíaca do Morro do Cipó, com seu Riacho da Graúna na Serra da Bocaina, escondido entre as onduladas montanhas das Gerais.
É isso aí!
Acácio Nunes