O MEU EU E OS OUTROS EUS

O MEU EU E OS OUTROS EUS

Nem tudo que escrevo

é fruto da própria memória;

porquanto,

escrevem comigo,

outras memórias secretas;

as quais,

aprendi a ouvi-las,

intuindo-me alguma história

em prosa ou verso,

que brotam de suas

almas modestas.

Como de hábito, escrevo,

muitas vezes,

com essas entidades do meu lado;

que jamais morrem,

apenas recomeçam as suas vidas,

como seres

espirituais desencarnados,

exercendo inúmeros afazeres,

fruto de suas razões progredidas.

Ao contrário

do médium psicografo,

que sabe qual a entidade

que lhe dita os textos literários,

posto que, é um mero porta-voz

de quem lhe exprime, consciente

ou inconsciente, do mundo espírita;

no meu caso,

como médium intuitivo

ou inspirado, por saber escrever,

não preciso que a entidade escreva

rigorosamente através de mim,

mas somente me sugira

alguma ideia durante a escrita,

sem que a minha consciência

perceba, tampouco seja necessário

saber quem me sugere.

Convicto do auxílio precioso

que me chega dessas entidades

benfazejas, sinto que o mundo

espírita me cerca,

me envolve, doando-me diariamente,

as boas energias, os bons eflúvios

fluídicos, para que me desnude

das impurezas

que me pesam na bagagem espiritual

encarnada, vestindo-me

das purezas morais que, embora

ainda não me sejam definitivas,

no entanto, me orientam, me guiam,

pelos bons pensamentos espíritas,

a vivência regenerativa que já se opera

no abençoado educandário terrestre.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 22/01/2019
Código do texto: T6556871
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