Carta aberta
Escrevo essa carta sem aparente destinatário.
A escrotidão dos homens que ganham as mulheres com sua grana e boa aparência nada sabe dos homens feios de grande coração; que chora a noite toda depois de uma desilusão.
A chuva que banha àquela noite é o pranto que molha a barraca dos amantes.
O cemitério que é a antesala do céu ou do inferno não me interessa; muito menos a casa de Deus, com seus lustres, castiçais e crucifixos.
Nada sei de história, não defino vinhos, dos cosméticos sou muito leigo.
Uma coisa ei sei, eu amo. ...
Eu amo a juventude dos cabelos azuis.
Aproveitando minha indiferença com o cemitério pensei a noite toda em meu sepulcro, pensei veementemente em meu sangue inscrito nas pedras da fumaça, cachoeiras de lindos versos, que não foi capaz de me acalentar a ânsia, mas seu espírito me arrebatou a morte e devolvera a vida
O egoísmo fantasiado de demônio tive que matar.
Meu coração estraçalhado por palavras doces se rasgou... tive que aparar o sangue para não morrer. ...
E aquele banco de madeira tão duro, tão frio, tive que chorar ... mesmo consolado pelo amor que me chega em outro endereço.
A chuva que molha a noite é o pranto de um coração incoformado, que não consegue saber o quanto escroto são os que bebem café da hora.
Belchior tem razão, não se pode se expressar "como covem, sem quere ferir ninguém. "
Os filamentos de amor enraizados em minhas entranhas quero arrancar, mesmo que tenha que arrancar alguns órgãos vitais.
A conotação dos valores, pra existir, precisam de racionalização, a intuição não paga cerveja, a intuição mendiga esmola à razão dos vinhos que não existem sem intuição.
Essa carta que não é carta e que eu não sei o que é é escrita sem parâmetros, porém com o produto da floração dos sentidos, não só dos sentidos mais citados e conhecidos ( tato, oufato, paladar, visão, audição ), essa escrita é feita com todos os sentidos experimentado pelo corpo. Há uma força sensitiva quando o prazer é saciado e quando é suprimido, também. E tudo isso é sentido pelo corpo senseivel, que pouco importa com sensura , que pouco importa por zoação. Esse corpo não quer a antesala do cemitério, a casa de Deus, muito menos seu sangue inscrito em pedras. Esse corpo só quer viver, amem!!