Ó Sol! qual é a Tua?
Ó Sol! qual é a Tua?
O traço sai perfeito, impressão digital dos pés na areia. Se aprofundam de tal forma, que saem enformados. Ficam os rastros. Vem as ondas e apaga-os.
A maresia chega de alto mar até a praia, os transeuntes se esvoaçam aos montes de lá para cá, bundas e peitos, contornos comprados, outros dependurados, sungas avantajadas, outras humildes, passam indiferentes. Somente os passos, as pisadas marcadas deixadas na areia, ondas que terminam humildes aos pés dos caminhantes, passam despercebidas.
O corpo se deixa ser expostos ao Sol. Deixa o mar e areia entrar dentro. Pelo som, levado pelo vento denso, e aquele trazido pelas ondas, navios e embarcações, pássaros no ar que chegam parar no voo.
O sol tórrido do verão entra na pele sem ser visto, o sal das águas dá o tempero para o bronze chegar, às vezes, há queimadura, insolação.
O tempo corre sem ser visto, nem bombeiro salva vida quando trabalha, exerce uma prece. Gritinhos distantes de crianças que chegam aos ouvidos entrega a infantilidade que o mar dispõe, castelos de areia em construção, balidinhos, pazinhas e mão de obra.
Crianças, até no mar nos ensinam, que as casas da qual nos dão moradas se esvaem, mesmo aqueles castelos construídos com esmero.
Poeira em alto mar, não as vejo, mas as do Saara, viajam para cá.