Almas irmãs



Viajo só por estranhos desertos.

Muitas vezes me perco em movediças areias de idéias delirantes.

Miragens de inexistentes paraísos, labirintos, caminhos estreitos.

 Quando volto cansado sempre encontro teus braços que são como uma palmeira generosa, em cuja sombra repouso a beira de dois lagos de águas claras.

Ouço o barulho do rio vermelho que corre em teus subterrâneos.

Teu silêncio me acalma e nossas almas dão se as mãos e brincam como crianças
nos campos do amor e do sonho, onde encontramos outros viajantes..
Sem nada dizer você me ensina que o mundo são brevíssimos instantes e que o outono não tarda.