O agora e o depois
Todas as palavras já foram ditas, num vazio de som
e as palavras que soam, sobem como fumaça rumo ao não existir
o ruído de agora, já não mais se fará vibrar sonoramente em um futuro muito próximo.
O que digo agora, logo não passará de simplesmente nada.
A não ser que ainda ressoe aos ouvidos da minha própria alma.
Ou da de quem se dispôs a não só ouvir fisicamente,
mas de alguma forma se deixou conectar com a alma deste
que emite tal pensamento em forma de grafemas.
Tal qual se exprimiu algum sentimento, ou sej,
lá o que veio do mais profundo do ser, também poderia ser apenas um produzir de som vazio,
apenas um som em sí mesmo. sem qualquer propósito ou proveito para a posteridade.
Este segundo sim, merece, sem dúvida virar cinza ao sabor do vento
que vem do tempo de onde se produz o nada.