somos feitos de memórias
... quase idênticas
Presta atenção no que vou te dizer querida: a cada viagem interior um pouco de ti desperta para realidade. É incrível a tua história e a tua habilidade para conviver com o que passou sem se prender ao passado. Olha bem para tua maneira de agir e de reagir a tudo. Não te elogio por sedução. Você não é uma mulher de grau afetivo miserável. O fato de criar esse tal mecanismo de defesa, de sair fugitiva de encontros de sexo casual foi um jeito de proteger a si mesma; proteger além da tua pele. Eu como linguagem escrita consigo compreender o teu jeito de existir nesse mundo desgastado de relação verdadeira. Fugir deixando para traz nenhuma memória ou apego é algo tão teu, eu teimo em dizer que amo você, por reparar no que possa parecer. E eu digo: siga a tua fluência, siga com a tua experiência no teu modo autônomo de viver.
*A personagem