ANDANÇA
Caatinga, cantinga, coisas antigas,
Outros eram meus planos,
Primeiro dia depois de tantos anos,
Chegou a noite, sono agitado, cansaço,
Dormi no meu próprio abraço,
Como bela adormecida, que nunca adormecera,
Cedo acordei,
Como falando aos passarinhos, não queria grito,
Queria meu Ninho, mesmo na contra mão.
Meu coração gemia, parecia um carro de boi, que, mansamente,
Na agonia da seca nordestina, levava o tambor de água aos
Sedentos da região,
O gemido era esperançoso, embora o esboço do que via,
tragava meu riso, escondia a grande interrogação,
Como lava de um grande vulcão, ardente, tão perdida, desatinada,
Nada me acalmava, clamava:
" Valei-me DEUS, aqui só tem o Senhor e eu! "
Exausta, não me entreguei ao que muitos esperavam,
Não cedi ao desespero, era o momento de esquecer o lamento,
Engolir o choro, pensar no renovo, agir.
Igual caixa de lápis de cor, abri o leque de tantas tintas,
Comecei a colorir, plantei meus pensamentos, flores, as dores?
Estavam ali, não podia dar vazão ao que sentia,
Minha "sina" pedia que eu trouxesse vida, riso, cores na lama seca pelo Sol ardido do sertão,
Minha boca só falava através do canto, para esconder o pranto que teimava, insistia, mas eu lutava,
Não é você tristeza, é você, alegria!
Renasce assim, como uma estrela brilhante que bate em toda janela esperançosa, vem agora, sem demora...
E de lá, só restaram pensamentos, lembranças,
Que com meus olhos, registrei na cartela multicor do meu ser,
Fiquei nua, sem asa, sem silêncio, sem o Sol e sem a Lua,
Obrigada meu DEUS, que nessa hora, chegastes,
Cobristes minha nudez com Tua santidade,
Assim, mais uma vez, naquela cidade, onde nasci,
Senti, vivi, renasci, das cinzas, com Teu amor,
Sempre pincelando minha vida,
Mostrando que por onde eu for, estás comigo,
Que toda luta tem um significado, pois vi nascer as flores
Do barro seco esturricado, vi o sorriso, onde só tinha choro,
E como coro divino, estou aqui, contando,
como criança,
Mais uma peça da Vida que tirei de letra,
E sempre tirarei, pois onde eu for estarás comigo,
Em qualquer andança.
Caatinga, cantinga, coisas antigas,
Outros eram meus planos,
Primeiro dia depois de tantos anos,
Chegou a noite, sono agitado, cansaço,
Dormi no meu próprio abraço,
Como bela adormecida, que nunca adormecera,
Cedo acordei,
Como falando aos passarinhos, não queria grito,
Queria meu Ninho, mesmo na contra mão.
Meu coração gemia, parecia um carro de boi, que, mansamente,
Na agonia da seca nordestina, levava o tambor de água aos
Sedentos da região,
O gemido era esperançoso, embora o esboço do que via,
tragava meu riso, escondia a grande interrogação,
Como lava de um grande vulcão, ardente, tão perdida, desatinada,
Nada me acalmava, clamava:
" Valei-me DEUS, aqui só tem o Senhor e eu! "
Exausta, não me entreguei ao que muitos esperavam,
Não cedi ao desespero, era o momento de esquecer o lamento,
Engolir o choro, pensar no renovo, agir.
Igual caixa de lápis de cor, abri o leque de tantas tintas,
Comecei a colorir, plantei meus pensamentos, flores, as dores?
Estavam ali, não podia dar vazão ao que sentia,
Minha "sina" pedia que eu trouxesse vida, riso, cores na lama seca pelo Sol ardido do sertão,
Minha boca só falava através do canto, para esconder o pranto que teimava, insistia, mas eu lutava,
Não é você tristeza, é você, alegria!
Renasce assim, como uma estrela brilhante que bate em toda janela esperançosa, vem agora, sem demora...
E de lá, só restaram pensamentos, lembranças,
Que com meus olhos, registrei na cartela multicor do meu ser,
Fiquei nua, sem asa, sem silêncio, sem o Sol e sem a Lua,
Obrigada meu DEUS, que nessa hora, chegastes,
Cobristes minha nudez com Tua santidade,
Assim, mais uma vez, naquela cidade, onde nasci,
Senti, vivi, renasci, das cinzas, com Teu amor,
Sempre pincelando minha vida,
Mostrando que por onde eu for, estás comigo,
Que toda luta tem um significado, pois vi nascer as flores
Do barro seco esturricado, vi o sorriso, onde só tinha choro,
E como coro divino, estou aqui, contando,
como criança,
Mais uma peça da Vida que tirei de letra,
E sempre tirarei, pois onde eu for estarás comigo,
Em qualquer andança.