O QUE SOMOS PARA OS OUTROS?
Da beleza a que me atenta os olhos
A qu'então a noto e assim dela me deleito
Do que não s'esforça a vê-la... em tempo algum
Pelo que apreciável e sensível s'é!
E de quem me serve par'alguma coisa, sei lá!
Ao que em meu prazo pode então me satisfazer... alguma vez
Todavia, apenas para meu mesquinho proveito, e só
Mas, de quem preciso aqui se me faz... a toda a hora... e sempre
A quem negar poderia de form'alguma sua presença
Menos ainda dispensá-lo permanentemente, oh! não...
E destarte s'é:
Enquanto fores belo... par'alguém
...serás por ele notado
Enquanto fores útil... par'alguém
. ... serás por ele, às vezes, lembrando
Enquanto fores necessário... no mundo
... jamais serás por ninguém... esquecido
Mas lembre-se
(e que ninguém s'iluda):
Só enquanto fores... belo... útil... e necessário... par'alguém
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12 de janeiro de 2019