Corrida selvagem com Eurídices
A estrada ardente corre até o horizonte. O sol apareceu e ficará por muito tempo, mostrando com ódio o seu aguilhão. Eurídices vêm voando e te atacam. É inútil se esconder delas. Em seus olhos, o abismo se desdobra silenciosamente na forma de uma paisagem selvagem. Batem as asas, perseguindo-te, esperando pelos últimos momentos de tua vida. O vento gira numa furiosa cratera, quebra o ar com ferocidade. Uma triste canção soa através de seus lábios secos. As brilhantes fadas douradas escondem a raiva em sua beleza. É incrivelmente sufocante e angustiante estar entre os caixões empoeirados. A esperança será lançada na fogueira, será levada para dentro da penumbra. As veias em convulsão com um doce tremor, um terrível êxtase. As cordas de harpa uivam. O cérebro, fraco e capturado, não ouve nada. As almas caídas turbilhonam em torno às Eurídices, tentando se encontrar em seus sonhos. O que anconterá a seguir? Episódio após episódio refletir-se-ão na falsidade cinza gerada por um louco.