MORRA
 
Não te avisei do seu estado terminal,
Seu mal é fatal, embora haja cura 
Mas, não te darei nem mesmo um paliativo
Confesso: deixarei que morra, deem-me a pena!
Ao poucos tuas lembranças estão sumindo
Começou pelo corpo que quase não te deseja
Os beijos ardentes nunca mais os darei a ti 
Teu toque suave aos poucos deixei de sentir
Todos serão detalhes em algum lugar do passado,
O brilho do teu olhar ao longe está ficando;
As flores voltaram a brilhar sem tua presença,
No horizonte já desponta novo arrebol.
De repente, minhas horas já não são tuas,
Meu corpo já desperta para novos desejos,
O desejo anseia por novas paixões,
Nos meus versos, você já não é o tema.
Não te salvarei, não quero mais te amar
Deixarei que morra de inanição
Vou salvar meu coração
Que sangra com as dores da traição.
Apagarei as fantasias daquela tórrida paixão,
Esquecerei as promessas fúteis com me iludias,
Deixarei que morra dia após dia em meu coração
E, se preciso for, morro junto para livrar -me desse amor.