CUSTO DE VIDA... OU DE VIVER
Ai! e de repente, sobre o balcão deitada ali abre suas pernas e ele vem
Ao que aos prantos ao mundo se chega
Como a se saber pelo que tão caro será o custo de ser vivo
E, sobretudo, de se permanecer nest’exílio longo e duro
(com dignidade)
Nest’espetáculo a que inseridos estamos
Talvez mais para chorar que tanto para gozar e ser feliz
E do qual ninguém tem o direito de nele voluntariamente sair
Oh! e quantos se vão por si próprios... sem se despedirem!
Seriam, pois ingratos?
Ou por puro desespero?
Difícil compreensão!
Todavia, é a vida!
Ah! a vida!
Divina gratuidade
Noutras palavras: é de graça
Mas, vede quão grande paradoxo:
Como é tão caro o viver!
PS: Como é caríssimo igualmente o morrer
Ao que por isso, melhor se ter (enquanto vivo)
Um eficaz plano de saúde
E também... um bom plano funerário
(que também não são baratos)
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03 de janeiro de 2019