CUSTO DE VIDA... OU DE VIVER

Ai! e de repente, sobre o balcão deitada ali abre suas pernas e ele vem

Ao que aos prantos ao mundo se chega

Como a se saber pelo que tão caro será o custo de ser vivo

E, sobretudo, de se permanecer nest’exílio longo e duro

(com dignidade)

Nest’espetáculo a que inseridos estamos

Talvez mais para chorar que tanto para gozar e ser feliz

E do qual ninguém tem o direito de nele voluntariamente sair

Oh! e quantos se vão por si próprios... sem se despedirem!

Seriam, pois ingratos?

Ou por puro desespero?

Difícil compreensão!

Todavia, é a vida!

Ah! a vida!

Divina gratuidade

Noutras palavras: é de graça

Mas, vede quão grande paradoxo:

Como é tão caro o viver!

PS: Como é caríssimo igualmente o morrer

Ao que por isso, melhor se ter (enquanto vivo)

Um eficaz plano de saúde

E também... um bom plano funerário

(que também não são baratos)

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03 de janeiro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 03/01/2019
Reeditado em 03/01/2019
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