Desconstrução
Aquele que eu era ontem
deixei de ser à meia noite;
Entre algemas e chaves,
escolhi a marreta.
Escolhi rasgar-me
e trocar de pele
Sangrei todas as convicções
e ouvi vozes que gritavam,
difusas e dissonantes.
Descobri que todas eram eu.
Olhei mais de perto
e vi que jorrava
de forma insaciável
todo tipo de incerteza
Resolvi me arriscar
e mergulhar nesse mar de inquietações.
Me perdi.
Não faz mal.
Não pretendia mesmo voltar
aqui não é seguro, nem confortável.
Mas não procuro uma felicidade enlatada.
Prefiro o caos.