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Já é Outono e, em algum lugar, as folhas caem. Não aqui, entretanto, pois que aqui só vejo caírem minhas lágrimas tímidas, esboçadas pela memória do calor que nos unia no Verão. Aquelas tardes quentes quando seguia pela rua, da qual ocupávamos posições perfeitamente opostas, qual Yin e Yang, Sul e Norte, e em meu pescoço as suas chaves. Quão feliz e orgulhoso faziam-me aquelas chaves! Abrissem as portas do meu sonho, doce sonho estival que quisera eu nunca houvesse acabado! Seus olhos castanhos, sempre tão brilhosos, o conforto que me passavam quase que me fazia acreditar em que nunca os poderia perder, porquanto Deus não me ia trazer presente tão perfeito para logo mo tirar. Você foi a candeia a iluminar meu caminho durante todo esse tempo e é uma pena que a secura do meu coração o tenha pouco a pouco apagado.