O AZUL
E quando tudo está azul lá fora
Corro aqui pra dentro vistoriar os interiores.
Escancaro as janelas sem demora,
Deixo o sol entrar com suas cores.
É nesses dias,
Com céu azul
E o mar refletindo o infinito
Que eu gosto mais.
Lavo tudo com anil
Esfrego, faço força,
Raspo as bordas encardidas
Porque só assim me renovo
E num dia vivo mil.
Conto os anos, um a um,
Que morrem e que renascem,
Bebo deste azul imenso,
Me embriago de luz.
Inebriada por esses vapores
Recolho-me aos rincões bem sabidos
Para continuar expurgando as impurezas
Antes de recolocar o chapuz.
E quando tudo está azul lá fora
Corro aqui pra dentro vistoriar os interiores.
Escancaro as janelas sem demora,
Deixo o sol entrar com suas cores.
É nesses dias,
Com céu azul
E o mar refletindo o infinito
Que eu gosto mais.
Lavo tudo com anil
Esfrego, faço força,
Raspo as bordas encardidas
Porque só assim me renovo
E num dia vivo mil.
Conto os anos, um a um,
Que morrem e que renascem,
Bebo deste azul imenso,
Me embriago de luz.
Inebriada por esses vapores
Recolho-me aos rincões bem sabidos
Para continuar expurgando as impurezas
Antes de recolocar o chapuz.